quinta-feira, 18 de junho de 2015

- ZACCONE LANÇA LIVRO E APONTA MATANÇA PELO ESTADO

Em seu livro “Indignos de Vida”, lançado dia 11 de junho no Circo Voador, o delegado Orlando Zaccone, disse que no Brasil, o aparato policial mata mais que em paises em guerra. Denunciou a política de segurança vigente no Rio de Janeiro nos últimos vinte anos – com a honrosa exceção do período de Brizola e Nilo Batista – como genocida por eliminar através do massacre sistêmico aqueles que são considerados inimigos – os indignos da vida, de modo geral os pobres e negros. O delegado desmistifica a idéia que aqui não se pune, ao contrário o Brasil pune muito, o que prova são os cárceres cheios – mais de 700 mil presos, a 3º maior população carcerária do mundo. O mais grave é que a polícia do Rio não age sozinha. Tem o aparato jurídico por traz com o Ministério Público, e a mídia, que incentiva e aplaude as mortes. Se a polícia mata o judiciário arquiva. Há que se desconstruir este modelo através da contenção do poder punitivo, da legalização, comércio e consumo de todas as drogas ilícitas, diz Zaccone..

.

(E) Maria de Fátima, Débora, juiz Damasceno, delegado Zaccone e Carlos Aguiar, orientdor de Zaccone na UFF
.

.


http://www.sinpol.org.br/index2.php?idMenu=01&flag=01&id=1014
Quatro mães que perderam seus filhos para a violência policial compareceram ao evento: De São Paulo veio Débora, cujo filho era gari e foi morto pelas costas em 2006. Maria de Fátima, mãe de Rafael (o DG) bailarino do programa Esquenta da TV Globo, assassinado por PMs em 2014; Dayse Carvalho, mãe de Andreu, morto e torturado por agentes no Degase, em 2003; e Dalva, mãe de Thiago, assassinado no Borel, por PMs do 6º Batalhão da Polícia Militar com mais três amigos – todos trabalhadores. Em seus depoimentos, essas mães tiveram que provar que seus filhos não eram criminosos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário