Valor Econômico - 22/06/2012
Autor(es): Por João Villaverde, Thiago Resende e Lucas Marchesini | De Brasília
O governo tem um projeto pronto para reformar as regras das pensões por morte pagas pela Previdência Social. O objetivo do governo é fechar um gargalo que consome 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) por ano, cerca de R$ 60 bilhões. A principal mudança pretendida é estabelecer um período mínimo, ou carência, de 12 meses de contribuição para que a pessoa tenha o direito de deixar uma pensão por morte ao dependente. Atualmente, esse prazo não existe - basta recolher um mês, apenas, ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) para que a viúva ou os dependentes do falecido recebam, por toda a vida, uma pensão.
Outra mudança em estudo envolve a limitação da pensão por morte, que não mais seria vitalícia. A ideia é exigir do beneficiado (viúvas ou dependentes) comprovações periódicas de que as pensões devem permanecer. As mudanças, no entanto, só funcionariam para concessões de benefícios que ocorrerem após a entrada em vigor da reforma, e, portanto, não atingiriam quem já recebe pensão por morte.
O projeto, preparado pelo Ministério da Previdência Social, já foi apresentado aos especialistas dos ministérios da Fazenda e da Casa Civil. Se efetivamente levar à frente o projeto, o governo Dilma Rousseff terá concluído reforma represada nos governos de Fernando Henrique Cardoso e de Luiz Inácio Lula da Silva. "Há um ambiente muito favorável, no governo e na sociedade, para implementar uma reforma nas regras para a pensão por morte", afirmou ao Valor o ministro de Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, ontem, de Natal (RN). Antes, pela manhã, ainda em Brasília, o ministro afirmara que as pensões por morte "são disponibilizadas de uma maneira injusta".
O INSS concede mais pensões por morte do que benefícios de aposentadoria por tempo de serviço. Nos 12 meses terminados em abril, a União emitiu quase 400 mil pensões por morte, ante pouco menos de 300 mil aposentadorias por tempo de contribuição. Do estoque total de benefícios, em abril de 2012, existiam 2,1 milhões de pensões por morte a mais do que aposentadorias por tempo de contribuição. As pensões por morte representam 23,4% do total dos benefícios emitido pelo INSS, ante 16,1% da aposentadoria por tempo de contribuição.
Em relação aos critérios de concessão de pensão por morte, a legislação brasileira é considerada "bondosa" pelos próprios técnicos do governo. "Mesmo que uma pessoa venha a falecer hoje, se alguém fizer uma contribuição em nome dela até o fim do mês, o dependente do falecido terá direito ao benefício", explicou Leonardo Rolim, secretário de Políticas de Previdência Social do ministério.
Para uma pessoa obter uma pensão por morte equivalente ao teto do INSS, hoje em R$ 3.916 por mês, ela precisa contribuir ao menos com 80% do teto (ou R$ 3.132) por mês, ao longo de 35 anos. A lei brasileira, entretanto, permite que a pessoa que contribuiu com o teto do INSS por apenas um mês, por exemplo, deixe uma pensão integral aos seus dependentes. "Isso é muito injusto, e o governo deve fazer alguma coisa. A hora é agora", disse o ministro Garibaldi Alves.
Segundo estudos do Ministério da Previdência, a França gastou 1,6% do PIB em 2010 com esse tipo de benefício. Na Alemanha, essa despesa chegou a 0,8% do PIB no mesmo ano. Existem modelos previdenciários semelhantes ao brasileiro apenas em países como a Índia, que, no entanto, gasta menos com as pensões do que o governo brasileiro. Em países como México e Portugal, as pensões por morte só são pagas após contribuições de no mínimo três anos. Na Suíça, a pessoa precisa contribuir dos 21 anos de idade até a morte para garantir ao dependente uma pensão integral.
Segundo o economista Marcelo Abi-Ramia Caetano, especialista em assuntos previdenciários do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o governo deveria, adicionalmente, restringir a acumulação de benefícios. "Nos Estados Unidos, o americano tem direito a apenas um benefício, e deve escolher qual deseja na eventualidade de um segundo", explicou. No Brasil, o beneficiário de uma pensão por morte também recebe aposentadoria no momento em que deixa o mercado de trabalho. "O governo paga duas vezes para a mesma pessoa", afirma Caetano.
Além disso, o especialista do Ipea afirma que o governo deveria impor regras mais rígidas às pensões por morte para filhos de militares, e também tornar a legislação previdenciária de servidores em lei ordinária - hoje, as regras para os servidores necessitam de emenda constitucional para serem alteradas. "Qualquer pequena reforma, natural num período longo de tempo, precisa ser feita na Constituição, algo muito complicado no Congresso", avalia Caetano.
A reforma pretendida pelo Ministério da Previdência Social deve ser feita por meio de projeto de lei, para alterações nas regras do INSS, e, caso contemplem servidores públicos, devem ser feitas por meio de emenda constitucional.
Boas vindas e boa leitura é o que desejamos a todos que acessarem este blog, aqui trataremos de temas variados, mas de interesse público e do público: direitos humanos, educação, cultura, segurança pública, política etc.
domingo, 24 de junho de 2012
Deputado Raimundo Cutrim será ouvido pela polícia, diz delegado
http://www.oimparcial.com.br/app/noticia/urbano/2012/06/23/interna_urbano,117776/deputado-raimundo-cutrim-sera-ouvido-pela-policia-diz-delegado.
O deputado Raimundo Cutrim vai ser ouvido pela equipe que investiga o caso Décio Sá. Porém, o momento do interrogatório ainda não foi discutido pelo grupo de delegados. A informação foi repassada pelo titular da Superintendência Especial de Investigação Criminal (Seic), delegado Augusto Barros.
Segundo ele, diante da repercussão da notícia de envolvimento do deputado e das informações prestadas pelo próprio na tribuna da Assembléia Legislativa na última quinta-feira, não há como descartar um interrogatório. "Há uma equipe no caso e ainda não decidimos quanto ao interrogatório. Precisamos falar com ele, mas, neste momento, temos muitas oitivas em andamento e vamos concluí-las", explicou Barros.
O delegado Augusto Barros esteve reunido com o subdelegado geral de Polícia Civil, Marcos Afonso Junior, na sede da Seic, na tarde de ontem, para tratar do andamento das investigações. Barros ponderou quanto à apuração dos diversos nomes citados como envolvidos no caso Décio Sá. "É verdade que apenas esse depoimento não representa toda a verdade. Por isso, temos tido o cuidado em não divulgar os passos da investigação antes da certeza das informações", ressaltou o delegado.
Quanto à quebra dos sigilos bancários e telefônicos, deixados à disposição pelo próprio deputado, o delegado diz que é preciso aguardar. Segundo o delegado, quebrar sigilo bancário é muito mais invasivo que o depoimento. Barros ressalta que não basta apenas a pessoa dizer que podem ser quebrados, pois a decisão depende de uma determinação judicial para que a instituição bancária ou a operadora de telefonia disponibilizem o material. "A menos que a própria pessoa entregue todo o material em mãos, o que não sabemos se ele irá fazer", relatou o delegado Augusto Barros. E reiterou: "estamos trabalhando com cautela para evitar expor pessoas inadvertidamente".
Sigilo continua
A reportagem procurou o sub-delegado geral Marcos Afonso Junior para obter informações sobre a perícia do material recolhido em operação de busca e apreensão. São cheques, computadores e documentos que ligam prefeituras ao esquema de agiotagem supostamente praticado por Glaúcio Alencar - apontado pelo executor como mandante do assassinato do jornalista Décio Sá.
Alegando sigilo da investigação, Afonso Junior disse apenas que as perícias prosseguem e que em outro momento, quando surgissem fatos novos confirmados, poderia falar sobre o crime. O delegado Augusto Barros informou que o fato de Glaúcio conceder empréstimos à prefeituras cobrando juros, já configura crime, pois ele não é instituição bancária autorizada para tal negociação.
Envolvimento
A possível ligação do deputado Raimundo Cutrim virou notícia após mais um vazamento de depoimento do caso. A polícia não soube explicar como, mas o depoimento do assassino confesso Jhonatan de Sousa Silva foi divulgado em um blog, na íntegra. No texto, o executor cita o nome Cutrim e quando questionado sobre quem seria ele refere-se ao deputado estadual. O executor aponta Raimundo Cutrim como principal mandante do crime, mas não diz se o conhecia. Jhonatan revela ainda que o deputado seria amigo de infância de Raimundo Sales Chaves Junior, o Junior Bolinha. Este último ficou encarregado de pagar o executor, mas teria repassado apenas 20% do valor combinado. Ainda segundo o depoimento de Jhonatan, o deputado teria encomendado a morte do jornalista por que este "falava muito e prejudicava muita gente".
Afastamento
A Secretaria de Segurança do Estado (SSP) afastou dos cargos dois policiais civis identificados como Alcides e Jorge Durans. Os policiais atuavam na Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) e segundo a SSP, foi comprovada a ligação deles com Junior Bolinha. O afastamento não significa que os policiais estejam envolvidos no assassinato do jornalista Décio Sá, mas, por terem amizade com Junior Bolinha - um dos suspeitos de serem mandante - a secretaria achou melhor afastá-los temporariamente das funções. Não foi informado se os policiais serão interrogados.
Execução
O jornalista Décio Sá foi morto na noite do dia 23 de abril, no bar Estrela do Mar, na Avenida Litorânea, Praia de São Marcos, por volta das 22 horas. Décio foi atingido por seis tiros, sendo quatro na cabeça e dois nas costas. O executor confesso é Jhonatan de Sousa e os mandantes apontados como sendo os empresários que praticariam agiotagem, cujo grupo tem como integrantes José de Alencar e Gláucio Alencar (pai e filho) e Júnior 'Bolinha'. Depois de atirar, Jhonatan saiu caminhando e fugiu em uma moto, que o aguardava do outro lado da pista. Para praticar o crime ele receberia R$ 100 mil, mas apenas R$ 20 mil foi pago e Jhonatan denunciou os envolvidos.
O deputado Raimundo Cutrim vai ser ouvido pela equipe que investiga o caso Décio Sá. Porém, o momento do interrogatório ainda não foi discutido pelo grupo de delegados. A informação foi repassada pelo titular da Superintendência Especial de Investigação Criminal (Seic), delegado Augusto Barros.
Segundo ele, diante da repercussão da notícia de envolvimento do deputado e das informações prestadas pelo próprio na tribuna da Assembléia Legislativa na última quinta-feira, não há como descartar um interrogatório. "Há uma equipe no caso e ainda não decidimos quanto ao interrogatório. Precisamos falar com ele, mas, neste momento, temos muitas oitivas em andamento e vamos concluí-las", explicou Barros.
O delegado Augusto Barros esteve reunido com o subdelegado geral de Polícia Civil, Marcos Afonso Junior, na sede da Seic, na tarde de ontem, para tratar do andamento das investigações. Barros ponderou quanto à apuração dos diversos nomes citados como envolvidos no caso Décio Sá. "É verdade que apenas esse depoimento não representa toda a verdade. Por isso, temos tido o cuidado em não divulgar os passos da investigação antes da certeza das informações", ressaltou o delegado.
Quanto à quebra dos sigilos bancários e telefônicos, deixados à disposição pelo próprio deputado, o delegado diz que é preciso aguardar. Segundo o delegado, quebrar sigilo bancário é muito mais invasivo que o depoimento. Barros ressalta que não basta apenas a pessoa dizer que podem ser quebrados, pois a decisão depende de uma determinação judicial para que a instituição bancária ou a operadora de telefonia disponibilizem o material. "A menos que a própria pessoa entregue todo o material em mãos, o que não sabemos se ele irá fazer", relatou o delegado Augusto Barros. E reiterou: "estamos trabalhando com cautela para evitar expor pessoas inadvertidamente".
Sigilo continua
A reportagem procurou o sub-delegado geral Marcos Afonso Junior para obter informações sobre a perícia do material recolhido em operação de busca e apreensão. São cheques, computadores e documentos que ligam prefeituras ao esquema de agiotagem supostamente praticado por Glaúcio Alencar - apontado pelo executor como mandante do assassinato do jornalista Décio Sá.
Alegando sigilo da investigação, Afonso Junior disse apenas que as perícias prosseguem e que em outro momento, quando surgissem fatos novos confirmados, poderia falar sobre o crime. O delegado Augusto Barros informou que o fato de Glaúcio conceder empréstimos à prefeituras cobrando juros, já configura crime, pois ele não é instituição bancária autorizada para tal negociação.
Envolvimento
A possível ligação do deputado Raimundo Cutrim virou notícia após mais um vazamento de depoimento do caso. A polícia não soube explicar como, mas o depoimento do assassino confesso Jhonatan de Sousa Silva foi divulgado em um blog, na íntegra. No texto, o executor cita o nome Cutrim e quando questionado sobre quem seria ele refere-se ao deputado estadual. O executor aponta Raimundo Cutrim como principal mandante do crime, mas não diz se o conhecia. Jhonatan revela ainda que o deputado seria amigo de infância de Raimundo Sales Chaves Junior, o Junior Bolinha. Este último ficou encarregado de pagar o executor, mas teria repassado apenas 20% do valor combinado. Ainda segundo o depoimento de Jhonatan, o deputado teria encomendado a morte do jornalista por que este "falava muito e prejudicava muita gente".
Afastamento
A Secretaria de Segurança do Estado (SSP) afastou dos cargos dois policiais civis identificados como Alcides e Jorge Durans. Os policiais atuavam na Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) e segundo a SSP, foi comprovada a ligação deles com Junior Bolinha. O afastamento não significa que os policiais estejam envolvidos no assassinato do jornalista Décio Sá, mas, por terem amizade com Junior Bolinha - um dos suspeitos de serem mandante - a secretaria achou melhor afastá-los temporariamente das funções. Não foi informado se os policiais serão interrogados.
Execução
O jornalista Décio Sá foi morto na noite do dia 23 de abril, no bar Estrela do Mar, na Avenida Litorânea, Praia de São Marcos, por volta das 22 horas. Décio foi atingido por seis tiros, sendo quatro na cabeça e dois nas costas. O executor confesso é Jhonatan de Sousa e os mandantes apontados como sendo os empresários que praticariam agiotagem, cujo grupo tem como integrantes José de Alencar e Gláucio Alencar (pai e filho) e Júnior 'Bolinha'. Depois de atirar, Jhonatan saiu caminhando e fugiu em uma moto, que o aguardava do outro lado da pista. Para praticar o crime ele receberia R$ 100 mil, mas apenas R$ 20 mil foi pago e Jhonatan denunciou os envolvidos.
Deputado Raimundo Cutrim será ouvido pela polícia, diz delegado
http://www.oimparcial.com.br/app/noticia/urbano/2012/06/23/interna_urbano,117776/deputado-raimundo-cutrim-sera-ouvido-pela-policia-diz-delegado.
O deputado Raimundo Cutrim vai ser ouvido pela equipe que investiga o caso Décio Sá. Porém, o momento do interrogatório ainda não foi discutido pelo grupo de delegados. A informação foi repassada pelo titular da Superintendência Especial de Investigação Criminal (Seic), delegado Augusto Barros.
Segundo ele, diante da repercussão da notícia de envolvimento do deputado e das informações prestadas pelo próprio na tribuna da Assembléia Legislativa na última quinta-feira, não há como descartar um interrogatório. "Há uma equipe no caso e ainda não decidimos quanto ao interrogatório. Precisamos falar com ele, mas, neste momento, temos muitas oitivas em andamento e vamos concluí-las", explicou Barros.
O delegado Augusto Barros esteve reunido com o subdelegado geral de Polícia Civil, Marcos Afonso Junior, na sede da Seic, na tarde de ontem, para tratar do andamento das investigações. Barros ponderou quanto à apuração dos diversos nomes citados como envolvidos no caso Décio Sá. "É verdade que apenas esse depoimento não representa toda a verdade. Por isso, temos tido o cuidado em não divulgar os passos da investigação antes da certeza das informações", ressaltou o delegado.
Quanto à quebra dos sigilos bancários e telefônicos, deixados à disposição pelo próprio deputado, o delegado diz que é preciso aguardar. Segundo o delegado, quebrar sigilo bancário é muito mais invasivo que o depoimento. Barros ressalta que não basta apenas a pessoa dizer que podem ser quebrados, pois a decisão depende de uma determinação judicial para que a instituição bancária ou a operadora de telefonia disponibilizem o material. "A menos que a própria pessoa entregue todo o material em mãos, o que não sabemos se ele irá fazer", relatou o delegado Augusto Barros. E reiterou: "estamos trabalhando com cautela para evitar expor pessoas inadvertidamente".
Sigilo continua
A reportagem procurou o sub-delegado geral Marcos Afonso Junior para obter informações sobre a perícia do material recolhido em operação de busca e apreensão. São cheques, computadores e documentos que ligam prefeituras ao esquema de agiotagem supostamente praticado por Glaúcio Alencar - apontado pelo executor como mandante do assassinato do jornalista Décio Sá.
Alegando sigilo da investigação, Afonso Junior disse apenas que as perícias prosseguem e que em outro momento, quando surgissem fatos novos confirmados, poderia falar sobre o crime. O delegado Augusto Barros informou que o fato de Glaúcio conceder empréstimos à prefeituras cobrando juros, já configura crime, pois ele não é instituição bancária autorizada para tal negociação.
Envolvimento
A possível ligação do deputado Raimundo Cutrim virou notícia após mais um vazamento de depoimento do caso. A polícia não soube explicar como, mas o depoimento do assassino confesso Jhonatan de Sousa Silva foi divulgado em um blog, na íntegra. No texto, o executor cita o nome Cutrim e quando questionado sobre quem seria ele refere-se ao deputado estadual. O executor aponta Raimundo Cutrim como principal mandante do crime, mas não diz se o conhecia. Jhonatan revela ainda que o deputado seria amigo de infância de Raimundo Sales Chaves Junior, o Junior Bolinha. Este último ficou encarregado de pagar o executor, mas teria repassado apenas 20% do valor combinado. Ainda segundo o depoimento de Jhonatan, o deputado teria encomendado a morte do jornalista por que este "falava muito e prejudicava muita gente".
Afastamento
A Secretaria de Segurança do Estado (SSP) afastou dos cargos dois policiais civis identificados como Alcides e Jorge Durans. Os policiais atuavam na Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) e segundo a SSP, foi comprovada a ligação deles com Junior Bolinha. O afastamento não significa que os policiais estejam envolvidos no assassinato do jornalista Décio Sá, mas, por terem amizade com Junior Bolinha - um dos suspeitos de serem mandante - a secretaria achou melhor afastá-los temporariamente das funções. Não foi informado se os policiais serão interrogados.
Execução
O jornalista Décio Sá foi morto na noite do dia 23 de abril, no bar Estrela do Mar, na Avenida Litorânea, Praia de São Marcos, por volta das 22 horas. Décio foi atingido por seis tiros, sendo quatro na cabeça e dois nas costas. O executor confesso é Jhonatan de Sousa e os mandantes apontados como sendo os empresários que praticariam agiotagem, cujo grupo tem como integrantes José de Alencar e Gláucio Alencar (pai e filho) e Júnior 'Bolinha'. Depois de atirar, Jhonatan saiu caminhando e fugiu em uma moto, que o aguardava do outro lado da pista. Para praticar o crime ele receberia R$ 100 mil, mas apenas R$ 20 mil foi pago e Jhonatan denunciou os envolvidos.
O deputado Raimundo Cutrim vai ser ouvido pela equipe que investiga o caso Décio Sá. Porém, o momento do interrogatório ainda não foi discutido pelo grupo de delegados. A informação foi repassada pelo titular da Superintendência Especial de Investigação Criminal (Seic), delegado Augusto Barros.
Segundo ele, diante da repercussão da notícia de envolvimento do deputado e das informações prestadas pelo próprio na tribuna da Assembléia Legislativa na última quinta-feira, não há como descartar um interrogatório. "Há uma equipe no caso e ainda não decidimos quanto ao interrogatório. Precisamos falar com ele, mas, neste momento, temos muitas oitivas em andamento e vamos concluí-las", explicou Barros.
O delegado Augusto Barros esteve reunido com o subdelegado geral de Polícia Civil, Marcos Afonso Junior, na sede da Seic, na tarde de ontem, para tratar do andamento das investigações. Barros ponderou quanto à apuração dos diversos nomes citados como envolvidos no caso Décio Sá. "É verdade que apenas esse depoimento não representa toda a verdade. Por isso, temos tido o cuidado em não divulgar os passos da investigação antes da certeza das informações", ressaltou o delegado.
Quanto à quebra dos sigilos bancários e telefônicos, deixados à disposição pelo próprio deputado, o delegado diz que é preciso aguardar. Segundo o delegado, quebrar sigilo bancário é muito mais invasivo que o depoimento. Barros ressalta que não basta apenas a pessoa dizer que podem ser quebrados, pois a decisão depende de uma determinação judicial para que a instituição bancária ou a operadora de telefonia disponibilizem o material. "A menos que a própria pessoa entregue todo o material em mãos, o que não sabemos se ele irá fazer", relatou o delegado Augusto Barros. E reiterou: "estamos trabalhando com cautela para evitar expor pessoas inadvertidamente".
Sigilo continua
A reportagem procurou o sub-delegado geral Marcos Afonso Junior para obter informações sobre a perícia do material recolhido em operação de busca e apreensão. São cheques, computadores e documentos que ligam prefeituras ao esquema de agiotagem supostamente praticado por Glaúcio Alencar - apontado pelo executor como mandante do assassinato do jornalista Décio Sá.
Alegando sigilo da investigação, Afonso Junior disse apenas que as perícias prosseguem e que em outro momento, quando surgissem fatos novos confirmados, poderia falar sobre o crime. O delegado Augusto Barros informou que o fato de Glaúcio conceder empréstimos à prefeituras cobrando juros, já configura crime, pois ele não é instituição bancária autorizada para tal negociação.
Envolvimento
A possível ligação do deputado Raimundo Cutrim virou notícia após mais um vazamento de depoimento do caso. A polícia não soube explicar como, mas o depoimento do assassino confesso Jhonatan de Sousa Silva foi divulgado em um blog, na íntegra. No texto, o executor cita o nome Cutrim e quando questionado sobre quem seria ele refere-se ao deputado estadual. O executor aponta Raimundo Cutrim como principal mandante do crime, mas não diz se o conhecia. Jhonatan revela ainda que o deputado seria amigo de infância de Raimundo Sales Chaves Junior, o Junior Bolinha. Este último ficou encarregado de pagar o executor, mas teria repassado apenas 20% do valor combinado. Ainda segundo o depoimento de Jhonatan, o deputado teria encomendado a morte do jornalista por que este "falava muito e prejudicava muita gente".
Afastamento
A Secretaria de Segurança do Estado (SSP) afastou dos cargos dois policiais civis identificados como Alcides e Jorge Durans. Os policiais atuavam na Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) e segundo a SSP, foi comprovada a ligação deles com Junior Bolinha. O afastamento não significa que os policiais estejam envolvidos no assassinato do jornalista Décio Sá, mas, por terem amizade com Junior Bolinha - um dos suspeitos de serem mandante - a secretaria achou melhor afastá-los temporariamente das funções. Não foi informado se os policiais serão interrogados.
Execução
O jornalista Décio Sá foi morto na noite do dia 23 de abril, no bar Estrela do Mar, na Avenida Litorânea, Praia de São Marcos, por volta das 22 horas. Décio foi atingido por seis tiros, sendo quatro na cabeça e dois nas costas. O executor confesso é Jhonatan de Sousa e os mandantes apontados como sendo os empresários que praticariam agiotagem, cujo grupo tem como integrantes José de Alencar e Gláucio Alencar (pai e filho) e Júnior 'Bolinha'. Depois de atirar, Jhonatan saiu caminhando e fugiu em uma moto, que o aguardava do outro lado da pista. Para praticar o crime ele receberia R$ 100 mil, mas apenas R$ 20 mil foi pago e Jhonatan denunciou os envolvidos.
sábado, 23 de junho de 2012
Caso Bertim será reaberto
Vejo na globosfera a noticia deque o caso Bertim será reaberto.Bertim era prefeito do interior do Maranhão,em presidente Vargas. Foi morto em uma emboscada, a testemunha,Pedro Pote, fingiu-se de morto, para poder escapar,teve o rosto deformado.A policia civil elucidou o caso prendeu os assassinos policiais militares,concluiu que oCoronel Uchôa,comandante metropolitano á época estava envolvido e que houve um consórcio para realizar tal assassinato.
O vice prefeito ,Gonzaga assumiu, o cantor brega Gonzaga é irmão do empresário do ramo de auto peças conhecido como Coqueiro,fornecedor da secretaria de segurança e segundo dizem na cidade financiador da campanha do Deputado Cutrim, chegou inclusive a ser preso mas sempre conseguiu se safar . O caso foi dado como elucidado ,o MP aceitou a denuncia e encaminhou ao judiciário.Eis que o comando da secretaria de segurança mudou e o novo secretário reabriu ocaso e tentou dar novo rumo ao crime. A Testemunha,PedroPote passou a ser acusado, os supostos novos assassinos foram sendo mortos aos poucos. Tentaram imputar o mandado do crime a um pequeno empresário do ramo de madeiras. O certo é que se sabe que o crime tem a ver com agiotagem, chantagens pessoais e institucionais e agora o caso será reaberto uma boa noticia,sinal que a cúpula da secretaria tá a fim de encarar os quadrilheiros.
O vice prefeito ,Gonzaga assumiu, o cantor brega Gonzaga é irmão do empresário do ramo de auto peças conhecido como Coqueiro,fornecedor da secretaria de segurança e segundo dizem na cidade financiador da campanha do Deputado Cutrim, chegou inclusive a ser preso mas sempre conseguiu se safar . O caso foi dado como elucidado ,o MP aceitou a denuncia e encaminhou ao judiciário.Eis que o comando da secretaria de segurança mudou e o novo secretário reabriu ocaso e tentou dar novo rumo ao crime. A Testemunha,PedroPote passou a ser acusado, os supostos novos assassinos foram sendo mortos aos poucos. Tentaram imputar o mandado do crime a um pequeno empresário do ramo de madeiras. O certo é que se sabe que o crime tem a ver com agiotagem, chantagens pessoais e institucionais e agora o caso será reaberto uma boa noticia,sinal que a cúpula da secretaria tá a fim de encarar os quadrilheiros.
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Mulher é detida quando tentava entrar com dois chips de celular no presídio São Luís
http://www.oimparcial.com.br/app/noticia/urbano/2012/06/21/interna_urbano,117658/mulher-e-detida-quando-tentava-entrar-com-dois-chips-de-celular-no-presidio-sao-luis.
Agentes penitenciários do presídio São Luís II encontraram, na manhã desta quinta-feira (21), dois chips de celulares dentro de um frango que seria levado para o detento Jouberth Pereira Abreu, o "Madeira". Alimento foi levado pela esposa do interno, Ane Fabiane Santana, de 23 anos. O material foi apreendido durante dia de visita na unidade.
Os dois chips foram achados logo após a revista realizada no alimento. Fabiane Santana, que ficou nervosa quando viu os agentes abrindo o papel que enrolava o frango, levantou suspeita de que algo poderia estar errado. "Ela passou a mão na cabeça e aparentou estar com medo. Nós já conhecemos quando a pessoa quer esconder algo", comentou o agente penitenciário Will Dettson Costa Peixoto.
Após a constatação dos chips no interior do frango, os agentes conduziram Ane Santana até uma sala para prestar esclarecimentos. Lá, ela disse que os produtos seriam para o marido. No entanto, a jovem confessou que a iniciativa partiu dela. "Não foi meu marido quem pediu, eu trouxe por que quis", revelou.
O agente penitenciário disse que nesses casos dois procedimentos podem ser tomados: o administrativo ou penal. O primeiro, pode proibir que durante um mês Fabiane Santana visite o esposo. Já o segundo, prevê que a mesma seja conduzida para uma delegacia onde será autuada. "Vamos analisar a situação e ver o que cabe fazer", comentou.
Jouberth, que seria a pessoa a quem os chips estariam endereçados, está preso na cela 10, do bloco D, no presídio São Luís II. Detido por inúmeros furtos e natural do município de Bequimão, ele está na unidade há um ano.
Agentes penitenciários do presídio São Luís II encontraram, na manhã desta quinta-feira (21), dois chips de celulares dentro de um frango que seria levado para o detento Jouberth Pereira Abreu, o "Madeira". Alimento foi levado pela esposa do interno, Ane Fabiane Santana, de 23 anos. O material foi apreendido durante dia de visita na unidade.
Os dois chips foram achados logo após a revista realizada no alimento. Fabiane Santana, que ficou nervosa quando viu os agentes abrindo o papel que enrolava o frango, levantou suspeita de que algo poderia estar errado. "Ela passou a mão na cabeça e aparentou estar com medo. Nós já conhecemos quando a pessoa quer esconder algo", comentou o agente penitenciário Will Dettson Costa Peixoto.
Após a constatação dos chips no interior do frango, os agentes conduziram Ane Santana até uma sala para prestar esclarecimentos. Lá, ela disse que os produtos seriam para o marido. No entanto, a jovem confessou que a iniciativa partiu dela. "Não foi meu marido quem pediu, eu trouxe por que quis", revelou.
O agente penitenciário disse que nesses casos dois procedimentos podem ser tomados: o administrativo ou penal. O primeiro, pode proibir que durante um mês Fabiane Santana visite o esposo. Já o segundo, prevê que a mesma seja conduzida para uma delegacia onde será autuada. "Vamos analisar a situação e ver o que cabe fazer", comentou.
Jouberth, que seria a pessoa a quem os chips estariam endereçados, está preso na cela 10, do bloco D, no presídio São Luís II. Detido por inúmeros furtos e natural do município de Bequimão, ele está na unidade há um ano.
Pelo segundo dia, PM é executado e base atacada em SP
SÃO PAULO - Um policial militar foi executado na zona sul de São Paulo e uma base da PM atacada na zona leste, nesta noite de quinta-feira, 21, e madrugada desta sexta-feira, 22. O policial estava à paisana em um supermercado no bairro Jardim Comercial, quando três criminosos dispararam contra ele, que revidou e matou um dos bandidos. Já os quatro homens que atacaram a base no bairro de Itaquera foram encontrados por uma viatura. Houve tiroteio e um dos bandidos morreu. Durante esta madrugada, a reportagem do estadão.com.br passou em companhias da PM e viu policiais em alerta. Na quarta-feira, 20, dois policiais militares também foram mortos e uma base atacada em São Paulo.
Reportagem da Folha de S. Paulo publicada nesta sexta-feira, 22, afirma que a Corregedoria da Polícia Militar e o DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), da Polícia Civil, investigam a suspeita de que as recentes mortes de policiais militares tenham sido retaliação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) contra a operação das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, da PM, que matou seis homens em maio, na zona leste de São Paulo. Nesta quarta-feira, 21, o secretária de Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, rechaçou a hipótese. Ele afirmou que o ataque à base da PM e as execuções de policiais são fatos isolados e não ações orquestradas por facções criminosas.
De acordo com a Polícia Civil, eram 20h quando três criminosos abordaram o soldado Paulo César Lopes Carvalho, lotado no 37º Batalhão, dentro de um mercado no número 191 da rua Henrique San Mindlin. Eles chegaram a chamá-lo pelo nome para ter a certeza de sua identidade. Houve tiroteio e o soldado conseguiu atingir um dos assaltantes, mas acabou baleado na cabeça. O criminoso morreu no pronto-socorro do Campo Limpo e o policial no Hospital M' Boi Mirim. Os outros dois bandidos fugiram em uma moto.
Ataque à base. A base da 4ª Companhia do 39º Batalhão, localizada no número 301 da rua Joapitanga, foi atacada à 1h30 por quatro criminosos em um carro roubado pouco antes. De acordo com o major André Luiz Ferreira, comandante operacional do 39º Batalhão, o carro subiu a rua e os criminosos dispararam, de dentro do veículo, cerca de dez tiros contra a base. Dois policiais estavam no local e ninguém se feriu.
Uma viatura da Força Tática do 39º Batalhão encontrou o veículo roubado na avenida José Pinheiro Borges. Houve perseguição e os criminosos bateram o carro em um poste, próximo ao Shopping Itaquera. Os quatro bandidos trocaram tiros com os dois soldados que estavam na viatura. Um dos criminosos foi baleado e morreu. Um dos policiais levou um tiro no peito, mas usava colete à prova de balas e sofreu apenas escoriações. Os outros três suspeitos fugiram a pé.
Onda de violência. O policial Vaner Dias, de 44 anos, da Cavalaria, foi moto na noite de quarta-feira, quando dava aula de jiu-jítsu em uma academia na avenida Caneiro Ribeiro, na Vila Formosa. Três homens entraram dizendo que estavam interessados em conhecer a academia e executaram Dias a tiros.
Na madrugada desta quinta-feira, a base da 4ª Companhia do 38º Batalhão, na Avenida Luís Pires de Minas, em São Mateus, foi atacada a tiros por um homem em uma moto e quatro em um Pálio. Ninguém se feriu no ataque.
Polícia realiza buscas em sítio de empresário envolvido no Caso Décio
Advogado do empresário Júnior Bolinha não quis falar sobre o caso.
Três cães e dois animais silvestres foram encontrados na propriedade.
Do G1 MA com informações da TV MiranteA polícia cumpriu nessa quinta-feira (21) um mandado de busca e apreensão em um sítio de propriedade do empresário Júnior Bolinha, suspeito de ter contratado o pistoleiro que executou o jornalista Décio Sá em abril deste ano. O repórter David Peres mostrou o sítio do empresário em reportagem do JMTV 2ª Edição dessa quinta-feira (21).
O acesso da equipe de reportagem não foi permitido pelos policiais da Superintendência Especial de Investigações Criminais (SEIC), que também não quiseram gravar entrevista. Eles cumpriam um mandado de busca e apreensão. A casa de dois pavimentos fica em um local discreto, de difícil acesso, no loteamento Verde Mar, município de Raposa, a 28 quilômetros de São Luís.
Não havia ninguém no sítio onde Júnior Bolinha passava a maior parte do dia. Havia só três cães e o Ibama foi acionado também, porque lá dentro estavam também dois animais silvestres: um macaco prego e uma arara.

O mandado de busca e apreensão tinha o objetivo de localizar qualquer objeto, documento, computadores, que possam ligar Júnior Bolinha aos crimes dos quais ele é suspeito. Mas, segundo os policiais, nada foi encontrado.
Raimundo Sales Charles Junior, o Júnior Bolinha, é um dos principais suspeitos do assassinato do jornalista Décio Sá. Ele teria contratado o pistoleiro Jhonatan Sousa, juntamente com o agiota Gláucio Alencar, por R$ 100 mil, para matar o jornalista.
DesdobramentosEm um de seus depoimentos à polícia, que vazou em um blog na internet, o pistoleiro diz que o serviço tinha partido de Raimundo Cutrim. Perguntado pela polícia quem era Raimundo Cutrim, se era o deputado, Johnatan disse que sim, que era pra ele o serviço e que tinha ligação direta com o capitão, o policial militar conhecido como Fábio Capita, que também está preso.
O pistoleiro afirma ainda que Cutrim é citado pelo Júnior Bolinha como sendo o principal mandante da morte do Decio Sá. Depois da sessão na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Raimundo Cutrim comentou o depoimento. Admitiu conhecer alguns dos principais envolvidos no crime e disse que se surpreendeu de ser citado, negando qualquer envolvimento no crime.
Em Imperatriz, a governadora Roseana Sarney falou que vem acompanhando as investigações e que não acredita na participação do deputado Cutrim no assassino do jornalista Décio Sá.
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