sábado, 14 de dezembro de 2013

Governo admite que projeto de UPPs ainda precisa de ajustes após 5 anos

Governo explica mudanças nas UPPs da Rocinha e Alemão.
Saneamento é preocupação no Santa Marta, primeira favela pacificada.



Educação, segurança, comércio e saúde apontam bons resultados
Apesar disso, tanto os índices de criminalidade como da área da educação, da saúde e do comércio nessas áreas apontam uma grande evolução nas regiões pacificadas. Alunos da rede municipal de educação obtiveram resultado superior aos dos alunos da rede de outras áreas.
De acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), de 2009 para 2011, a avaliação dos alunos nos anos finais (6º ao 9° ano) do Ensino Fundamental subiu 40,6% nas escolas de áreas pacificadas, enquanto o aproveitamento de alunos de outras áreas da cidade foi de 22,2%.  Nos anos iniciais (1° ao 5° ano), o Ideb cresceu 10,6%, nas favelas com UPPs e 5,9% no restante da rede.
Depois das sete da noite, não deixo mais ninguém sair de casa, principalmente as crianças"
Elizabete Flor Brito, do Morro da Babilônia
A cobertura do programa Saúde da Família passou de 3% em 2008 para 41%. Segundo a prefeitura do Rio, o objetivo é chegar a 70% em 2016. Em 12 comunidades (Batan, Caju, Chapéu Mangueira/Babilônia, Formiga, Jacarezinho, Manguinhos, Pavão-Pavãozinho, Cantagalo, Providência, Salgueiro, Santa Marta, São Carlos e Tabajaras), a cobertura é de 100% atualmente.
O comércio nas áreas pacificadas também se expandiu. O Sebrae/RJ desenvolveu uma metodologia de atuação nas favelas e criou uma área específica para atuar nas comunidades. Desde a criação do projeto, em 2011, cerca de 4 mil empresas foram formalizadas.
“Há três anos estou legalizado. Não imaginava que seria tão vantajoso. Depois disso consegui comprar carro e casa. Estando legalizado, você consegue comprar mais barato e vende a um preço melhor. Meu faturamento triplicou”, afirmou o comerciante Rogério Alves de Matos, que possui um pet shop na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio.
Segundo pesquisas recentes do Instituto de Segurança Pública (ISP), os índices de criminalidade nas comunidades pacificadas diminuíram. De acordo com os números, no primeiro semestre deste ano 12 homicídios foram registrados nessas regiões,  enquanto no mesmo período de 2012 foram 18. Em 2007, foram registrados 70.

Falta de saneamento é problema na primeira comunidade pacificada
Contudo, moradores das primeiras comunidades pacificadas reclamam da falta de lazer e infraestrutura nas comunidades. No Morro Santa Marta, em Botafogo, primeira comunidade a ser pacificada em 2008, a falta de saneamento preocupa a população.
“Aqui tem muito mosquito. Minha filha vive com diarreia e vômito. Evito deixá-la na varanda por causa disso. É muito perigoso. Viveríamos melhor se tivéssemos as coisas básicas que o governo tem que oferecer”, afirmou Elizabeth Pontes, de 32 anos, que mora no Santa Marta há sete anos, e durante todo esse tempo convive com o esgoto passando na frente da sua casa
Segundo a Prefeitura do Rio, cerca de 11,9 mil pessoas deixaram de viver em áreas de alto risco de 16 comunidades. Com investimento de R$ 63 milhões, a prefeitura atuou em 16 comunidades (Andaraí, Batan, Borel, Cidade de Deus, Complexos da Penha e do Alemão, Escondidinho/Prazeres, Fallet/Fogueteiro/Coroa, Macacos, Mangueira, Providência, Salgueiro, São Carlos, Tabajaras/Cabritos e Turano) e, segundo o secretário da Casa Civil, Pedro Paulo, a meta é não ter nenhuma família nessas áreas de alto risco até 2016.

No entanto, alguns moradores resistem em deixar suas casas. “Até hoje não sei o que fazer. Aparecem umas ratazanas que dá até medo. Depois das sete da noite, não deixo mais ninguém sair de casa, principalmente as crianças. O caminho até aqui é muito complicado. Não chega correspondência, não chega nada, só o gás que eles entregam aqui”, afirmou a dona de casa Elizabete Flor Brito, de 41 anos, que não quer deixar a casa em que mora na localidade conhecida como Poção, no Morro da Babilônia, no Leme.
Segundo o secretário, a prefeitura tem mantido diálogo permanente com os moradores. “Há sempre um diálogo para identificarmos o que fazer. Muitas pessoas não querem porque não conhecem”, afirmou Pedro Paulo, referindo-se às casas do programa Bairro Maravilha, onde os moradores dessas áreas foram reassentados.
Segundo a Prefeitura do Rio, cerca de 11,9 mil pessoas deixaram de viver em áreas de alto risco de 16 comunidades. Com investimento de R$ 63 milhões, a prefeitura atuou em 16 comunidades (Andaraí, Batan, Borel, Cidade de Deus, Complexos da Penha e do Alemão, Escondidinho/Prazeres, Fallet/Fogueteiro/Coroa, Macacos, Mangueira, Providência, Salgueiro, São Carlos, Tabajaras/Cabritos e Turano) e, segundo o secretário da Casa Civil, Pedro Paulo, a meta é não ter nenhuma família nessas áreas de alto risco até 2016.

No entanto, alguns moradores resistem em deixar suas casas. “Até hoje não sei o que fazer. Aparecem umas ratazanas que dá até medo. Depois das sete da noite, não deixo mais ninguém sair de casa, principalmente as crianças. O caminho até aqui é muito complicado. Não chega correspondência, não chega nada, só o gás que eles entregam aqui”, afirmou a dona de casa Elizabete Flor Brito, de 41 anos, que não quer deixar a casa em que mora na localidade conhecida como Poção, no Morro da Babilônia, no Leme.
Segundo o secretário, a prefeitura tem mantido diálogo permanente com os moradores. “Há sempre um diálogo para identificarmos o que fazer. Muitas pessoas não querem porque não conhecem”, afirmou Pedro Paulo, referindo-se às casas do programa Bairro Maravilha, onde os moradores dessas áreas foram reassentados.

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