sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Convênios investigados pela PF totalizam mais de R$ 45 milhões

Operação Citrus investiga desvio de recursos públicos na Funasa.
PF cumpre mandados de busca e apreensão em quatro estados e no DF.


A Operação Citrus deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (22), para combater o desvio de recursos públicos na Fundação Nacional de Saúde (Funasa), apura o desvio de verbas em convênios que totalizam R$ 45,5 milhões.
No Amapá, parte destes recursos foram destinados à construção de sistemas de abastecimento de água nos municípios de Laranjal do Jari, a 265 quilômetros de Macapá, e em Oiapoque, distante 590 quilômetros da capital.



A assessoria da Funasa informou que os recursos foram enviados aos municípios em 2007, intermediados pela autarquia, em um total de R$ 12 milhões para Oiapoque e R$ 7 milhões para Laranjal do Jari.

Em nota, a PF disse que a "empresa que deveria supervisionar obras de saneamento básico nos estados do Amapá, Tocantins e Rondônia fora contratada pela presidência da Funasa. O montante total desviado corresponde aos recursos pagos pelas prefeituras de Laranjal do Jari e Oiapoque à empresa executora da obra sem a correspondente contraprestação dos serviços de engenharia contratados. Entre os responsáveis pelas execuções fraudulentas das obras estão políticos, empresários da construção civil, engenheiros e servidores públicos". Os denunciados responderão pelos crimes de peculato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Desde às 6h da manhã desta sexta-feira, a PF recolheu documentos no órgão relacionados a projetos, processos, pagamentos e fiscalizações de obras.

A operação da PF ocorre simultaneamente nos estados do Pará, Tocantins, Minas Gerais e no Distrito Federal. Segundo informações da Polícia Federal, cerca de 120 agentes cumprem 12 mandados de prisão temporária, 7 conduções coercitivas e 19 mandados de busca e apreensão nas regiões investigadas. O esquema teria a participação de servidores das prefeituras, Funasa e da empresa responsável pela execução de obras. Os funcionários eram usados como 'laranjas' pelo orgão.

A investigação foi iniciada há 5 meses a partir de irregularidades constatadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na gestão das cidades.

O presidente da Funasa Roberto Galvão, a ex-prefeita de Larajal do Jari Euricélia Cardoso, e o ex-prefeito de Oiapoque Agnaldo Rocha foram conduzidos à sede da Polícia Federal na manhã desta sexta-feira.
Convênios investigados pela PF totalizam mais de R$ 45 milhões

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