sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Juiz de Direito critica absolvição de Jaqueline Roriz


Para o juiz de Direito Márlon reis a absolvição de Jaqueline Roriz (PMN) se deve à “absoluta falta de compromisso dos parlamentares”. Ele acredita que o voto secreto também tenha facilitado a não cassação da deputada distrital.
Jaqueline Roriz foi absolvida da cassação na noite de terça-feira (30). Um vídeo de 2006 mostra a parlamentar recebendo dinheiro de Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal e delator do mensalão do DEM. Pouco depois, ela admitiu que a quantia seria usada no caixa dois de campanha.

O juiz Márlon Reis, que é membro do Comitê Nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), acredita que se o voto não fosse secreto, talvez a deputada fosse cassada.

Contudo, Reis não vê essa possibilidade como garantida. Ele diz que “a probabilidade da cassação seria maior, pois os políticos seriam com mais facilidade cobrados no futuro”. Mas, ainda assim, afirma que “há um elevado nível de descompromisso hoje” entre os parlamentares.

O voto secreto foi instituído para dar mais independência para os parlamentares votarem de acordo com a sua consciência e para evitar perseguições de natureza política. No entanto, na opinião de Márlon, esse propósito foi desvirtuado para ser usado como privilégio.

Uma emenda constitucional que extingue o voto secreto está engavetada na Câmara do Deputados desde 2006 .Diante do cenário de corrupção, Márlon defende que não basta ficar indignado. O juiz afirma que é preciso transformar a indignação em ações concretas.

Por isso, ele convoca a população a se unir em um grande movimento de unidade puxado pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). O objetivo é pressionar pelas mudanças dessas instituições. (pulsar)

Fonte : AG;PULSAR

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